O Carnaval, como outras coisas acabadas em -al, é, hoje em dia, acima de tudo, mais uma oportunidade de negócio. Multiplicam se as lojas de máscaras e fatos de carnaval tal como o mercado o designa, o que é tão natural como a sua sede.
É normal que as pessaos se continuem a Vestir de um modo burlesco, para roubar de uns sorrisos, de outros inveja por não serem tão imaginativos ou por não terem tanta disponibilidade financeira.
É normal que os pais continuem a realizar os desejos dos seus rebentos de se vestirem de super heróis, de princesas - parte importante da infância que, com sorte, até serve para
salvar vidas.
O que não é normal é que as pessoas, em Portugal, em pleno Inverno, se estejam a Despir como no Brasil.
Sim. Porque sendo o Carnaval o que quer que seja, Carnaval já é sinónimo de samba, mas não precisa de ser sinónimo de nudez, principalmente, por que há uma razão que explica o modo despido de ser do Carnaval do Brasil:
Não só aquilo é um país tropical, pernamentemente húmido e quente, como principalmente
NESTA ALTURA ESTÁ-SE LÁ NO PICO DO VERÃO, com um sol abrasador e uma humidade pegajosa e sufocante.
E é por isso que é completamente despropositado, sem nexo e, diria, estúpido, que se queira fazer em Portugal mini-projectos de carnaval à Rio ou Bahia.
Não está em questão o ter-se ou não problemas com a nudez. Que se continue a enfeitar carros e fazer desfiles, sambando ou não. O problemá é que...
ESTÁ FRIO, pá! serei o único a sentir?
Satyr, o meteorologista