sábado, dezembro 31, 2005

Passagem de ano

Dia 31 de Dezembro de 2005, dia de passagem de ano, dia muito belo (se não chover).
As passagens de ano são mais uma das coisas que eu nunca precebi(isto já me vai fazendo pensar que secalhar sou muita burro em vêz de inteligente), porque é que as pessoas festejam a passagem de ano? Será que têm medo que não acontecesse, é? Ou é algo inédito? Porque é que se festeja uma coisa que vai sempre acontecer independentemente do que possa acontecer ao mundo? O tempo não é algo abstracto? Como é que o vamos parar ou fazer saltar uma parcela? Segundo Einstein é possível fazermos com que o tempo ande mais devagar, mas nunca fazer saltar partes dele...a unica maneira que sei para podermos enganar o tempo é dormir, que deve ser precisamente como irei passar o ano. Bem, as pessoas têm sempre a tendência, e até a pressão para irem festejar a passagem de ano, mesmo que não precebam porquê ou outras até vão só porque todos vão(fracos), isso não pega comigo, eu nem os meus anos festejo! Mas tirando esse feitio pessoal, a verdade é que se virmos bem as coisas, a passagem de ano é apenas um dia igual aos outros, mas como o homem que não pensa por si próprio e vai pelo que os outros lhe dizem, vai-se festejar e apanhar um pau de 3 metros, e porquê? Lá está...com a bubedeira que vai apanhar, é normal que fique com duvidas se irá passar mais algum ano. Tox

Raios partam os putos que me enganaram!

Pois pá! A verdade é que eu pensava que este blog tinha acabado, e, enquanto eu estava deitadinho a pensar nas merdas que tinha ontem dito de improviso no café da biblioteca munincipal (e no pouco ou nenhum sentido que aquio tinha), pensei em criar um novo blog para voltar ao mesmo hábito de sempre, ou seja, debitar tudo o que me vinha à cabeça (menos as fantasias com a vizinha do zé) num texto digitalizado com erros ortográficos e tudo (correcções do word são para fracos), mas sendo assim, e porque dava mais trabalho, decidi vir postar qualquer coisa aqui.

Hoje, e para voltar ao activo(assim espero), quero falar-vos(mas alguém lê isto?) da maior praga desde aquelas lá no Egipto no tempo em que um deus que se dizia justo massacrava homens, mulheres e crianças com gafanhotos. Estou-vos a falar, como já repararam, dos pais natal pendurados nas janelas das casas de das familias portuguêsas. Por onde quer que se olhe, lá está o raio do velho esgravatando nas paredes tal homem aranha com um saco de teias às costas, e porquê? Além da enorme falta de gosto de alguém que põe uma aberração daquelas no quarto do puto com 5 anos que passou a dormir com medo que o enrabem, o que mais me deixa estubfacto é a completa ignorância de o que é o pai natal. Tudo bem, o pai natal é uma invenção, bla bla, coca-cola, bla bla, centros comerciais, bla (isto foi para resumir a história do pai natal desde a sua criação até aos dias de hoje, caso não tenham reparado), mas não é certo que a lenda diz que o pai natal, com a sua omnipresença, vem exactamente à meia-noite do dia 24 e entra por uma chaminé (o que explica a sua eterna ausência da minha casa, não tenho chaminé) para deixar as prendas? Pois mas tenho aqui várias duvidas, é que os pais natais que estão pendurados nas janelas tipo osgas...esperem lá...eles estão pendurados nas janelas...JANELAS, e não chaminés...em que ficamos? Esse é o erro mais óbvio, mas vejamos, se repararmos bem, esses tais pais natais vêm em duas versões, uma em que sobe numa corda e outra em que sobe por uma escada, até aqui tudo bem, mas depois vêm a maior duvida desde os primordios da humanidade, ou seja, umas quantas gerações antes de 5 ou 6 anos antes de jesus oficialmente ter nascido, porque afinal não nasceu no ano 1(devia ser 0 mas os romanos não tinham o 0) mas sim uns quantos anos antes.. mas quem é que o vai acusar? Ele tinha poderes...Continuando, se olharmos bem para os ditos, o seu meio para subir até à janela, seja ele corda ou escada, fica sempre só até aos pés do pai natal, nunca chega ao chão...em que ficamos? Será que a escada caío? Mas cai sempre? Comprada dos chinos talvês...Ou então o gajo veio com as renas e o ternó só tinha pasto(combustivel das renas) para chegar até ali...esta ultima não faz muito sentido, mas o que conta é a intenção. Bem, seja como for o pai natal não chegava ali sozinho à janela e se a escada/corda não chega ao chão...só tenho é medo do gajo mandar um tralho. Tox(a.k.a Omar) voltou e está...vá...mais fraquinho.

domingo, dezembro 04, 2005

Circo

Que humor teriamos, se o humor circense fosse o humor escolhido pelos portugueses pra lhes alegrar os serões? - perguntou o meu colega mexicano Juan, enquanto ajeitava o sombrero á cabeça, que o vento não está pra brincadeiras - seriamos um país mais estúpido certamente.
E eu concordei. E comecei a imaginar...
Ora será que as pessoas quando chegavam ao emprego também diriam 'Bom dia meus senhores e minha cenouras'? Ou será que a minha melhor forma de retribuir uma negativa na escola, seria a jogar uma tarte á minha professora? Comecei por achar piada a este racíocinio, porque de facto, o nível de parvoíce do humor circense comparado ao do humor Malucos do Riso até nem desiquilibra muito, apenas numa coisa - Os Malucos do Riso temos de papar com eles todos os dias do ano na TV, enquanto que o Circo só um dia, e mesmo assim é antes do Ano Novo, e acabamos sempre por ver algo que nos enoja ainda mais do que o próprio circo (lembro-me do José Cid a cavalo em pleno circo, o verdadeiro espectaculo dentro do espectaculo), isto é, nem prestamos muita atenção ao fenómeno em si.
Bem, e falar de circo sem falar no ícone Victor Hugo Cardinali, é falar de literatura árabe sem falar de Mohammed Al-Khajef - o mesmo que nada. E meditei eu, enquanto o circo passava pela minha cidade, 'pá, com o aparato que para aqui vai, calculo que o Cardinali seja um gajo rico, tão rico que os filhos nem precisam disto para nada'. Pura ilusão, passo por uma tabuleta que anunciava, harmoniosamente: Victor Hugo Cardinali JUNIOR, o Encantador de Cavalos (e depois tinha pra lá uma foto do rapaz com um chicote e um cavalo, etc). PORRA, MAS ESTES GAJOS LEVAM O ANO DE TERRA EM TERRA A DAR-NOS A CONHECER PIADAS VINTAGE E NEM O FILHO PODE QUERER UM FUTURO MELHOR?
Lembrei-me então do filho ilegítimo entre a mulher barbuda e a trapezista, que por acaso tem um nome artístico (Claudino) e aos 3 anos já é projectado do canhão para dentro da piscina com 0,50m de comprimento. O que será destes jovens, que fazem a escola (normalmente a 4ª classe) em 30 escolas, sabem ler mal, são dotados de nomes horríveis e, foda-se, ainda nasceram com a porra dum talento especial que lhes permite andar d cabeça pra baixo em cima dum trapézio?
Continuei a travessia, e dei com os animais. Olha que fome, senhora girafa, vi-te essas costelas todas! Oooolha o senhor Leão, a trabalhar pró fato de banho? Não. Com fome, e mal tratado, responder-me-ia ele se pudesse (ele disse grrrrrrroaaaarrr, mas eu ainda não cheguei a esta matéria na escola).
Sendo notavel da minha parte, ter sido invadido por todos estes pensamentos só enquanto passava ao lado do circo, apenas uma pergunta: Com um humor reles e antiquado, a procriar crianças sem futuro, a montar e a desmontar a tenda de 15 em 15 dias para porem lá meia dúzia de gatos pingados, vale a pena insistir com essa paixão, senhores do Circo?

Sublime, o encantador de cavalos!