quarta-feira, maio 09, 2007

Michael Jackson

Lá estou eu, de novo,a concordar com a Direita. Desta vez com uma realidade mencionada nos Estados Gerais da Direita há alguns meses.
Lê-se no site da RTP

Em resposta a um elemento da assistência, Marques Guedes disse concordar que, em vez de proibir organizações que perfilhem a "ideologia fascista", a Constituição proíba "ideologias totalitárias" e Alberto Martins assentiu que talvez essa solução seja "mais rigorosa".

De facto, têm toda a razão. Ser fascista, polpotista, ser a favor da monarquia absoluta, enfim, ser afim de regimes totalitários ou autoritários, de esquerda ou de direita, no fundo da questão nao é muito diferente: resume-se à querela de saber se a Pessoa precede o Estado ou vice-versa.

E o Michael Jackson, o que tem a ver com isto? Não, não é por ele ser 70% plástico que nao é uma Pessoa. Só me lembrei de um refrão de uma música dele e acho que fica bem aqui adaptado.

If it's totalitarian it doesn't matter if it's left or right.

Satyr, o livre, por enquanto

quarta-feira, maio 02, 2007

Neo-colonialismo

A, agora chamada, União Europeia, começou sendo uma pequena organização de 6 países que se propunha honrar uma pequena série de acordos económicos para fazer face às dificuldades do pós-guerra e relançar a economia dos mesmo países. Isto foi conseguído, em parte graças a estes acordos, mas quando, a partir de de meados dos anos 50, as então colónias dos países europeias começaram a emancipar-se, as potências europeias viram-se entaladas pelo seu próprio sistema económico dando inicio aos vários alargamentos da actual União Europeia.
Historicamente, o capitalismo começou a arrancar em força com o inicio da revolução industrial sendo grandemente impulsionado pelo escoamento do produto fabricado para as colónias sendo esse o fim do sistema que consistia em: as potências iam buscar as matérias primas às colónias pagando um determinado montante por isso, dando algum poder de compra aos colonos; com as meterias primas eram fabricados todos os tipos de produtos nas metrópoles que seriam vendidos novamente nas colónias, sugando então o que lhes tinham dado, fazendo a economia crescer às custas dos coitados coitados colonos e nativos. Acho que a partir deste ponto já não era preciso dizer mais nada, mas já agora vou gastar mais um cadito de teclas.
Portugal entrou para a UE e logo a seguir vieram grandes fundos provenientes de países como a França e a Alemanha, criando-se assim novos postos de trabalho, casas e auto-estradas. Tudo isto parece bastante bom, e a verdade é que Portugal cresceu mesmo, o problema foi o que veio a seguir. A UE tem um plano para todos os aderentes, este plano está dividido em duas partes, a primeira é dar-lhes fundos para eles crescerem e daí poderem mais tarde auto-gerirem-se e crescerem por si próprios, mas como isto é Portugal isso não aconteceu, a segunda parte é usar esses fundos e esse crescimento para beneficio dos países fundadores da UE, ou seja, construam estradas para nós vendermos os nossos carros, e foi isso que se passou, todos os fundos e subsídios só servem para retornarem à origem através do consumismo normal de uma sociedade capitalista. Todos os que ganhavam no século XVII continuam a ganhar e a verdade é que os países do alargamento são as novas colónias, só é pena é que nós não possamos ganhar algo com isso.Tox