quinta-feira, março 22, 2007

Rasteira mental

Quando se conjuga os factos 1) ser homem; 2) ter pouca ou nenhuma instrução/civismo; 3) viver numa cidade suficientemente populosa para ser difícil ser reconhecido e responsabilizado mais tarde; surgem, frequentemente e com variedade fenómenos curiosos como o que vou passar a apontar.
É frequente deambular por uma cidade como Lisboa e ouvir cidadãos de sexo masculino a dirigir-se às moçoilas formosas que encontram; no entanto, raramente é com galanteios, sendo mais comum ouvir-se ordinarices daquelas que todos nós sabemos.
Essa atitude parece-me bastante contraditória, por que se o que motiva a abordagem em questão é algum sentimentode atracção física, a boca em si vai extinguir por completo a possibilidade de se construir alguma relação entre as duas pessoas, tão simplesmente por que a "babe" em questão nunca jamais quererá iniciar alguma conversa com quem adopta tais condutas. Ao invés da sedução dá-se a repulsa. Então quais os fundamentos para estas bocas ordinárias?
No fundo, a boca que o servente ou velho ranhoso manda à rapariga voluptuosa, por detrás da expansiva bacorada, é uma triste e profunda declaração de "OK, já perdi. Nunca vou ter a mínima hipotese de conseguir privar de perto com alguém da tua graciosidade física; então, já agora, dexa-me lá fazer me de muito bonzão perante os meus comparsas, para que eles pensem que eu não fico deprimido de ser a nulidade que sou."

Satyr, o sub-inconsciente

2 comentários:

Anónimo disse...

és fudido...bem visto sim sra..

dread

hgvghftcfhv disse...

devem ter jogado algum piropo á tua rapariga :X :D ta bem observado ;) **