quinta-feira, novembro 22, 2007

Chungaria

Atenção: o que se vai passar aqui a seguir come-se melhor se for acompanhado por:



Já está? Então vá.
Há uns dias concluí um estudo que já vem de trás relativamente à chamada "malta da pesada". Bons tempos - quem tem pais ex-rebeldes sem causa sabe ainda melhor do que falo - aqueles em que a porradaria era resolvida "lá fora", e se ficava por aí. Boas histórias que já
ouvi e que de vez em quando ainda sou brindado com elas; histórias de glória, em que o mais forte ganhava e voltava para o bar, e o mais fraco, ficava caído na rua e era gozado pelos "brotos" (andei a pesquisar e descobri que Roberto Carlos - o cantor brasileiro de "Meu querido, meu velho, meu amigo" - quis implementar este nome, visivelmente parvo, em Portugal, querendo extinguir "gajas", e dar mais relevância a "brotos"; tudo isto nos 70's. Valeu a intenção, Roberto). A porrada tinha outro encanto, pois era resolvida entre as partes lesadas, razão estúpida ou não (regra geral todas as sessões de pancadaria à antiga tinham um motivo mais forte do que têm hoje), e quem "perdia" jurava vingança pelas próprias mãos. Assim me foram contadas as coisas, e quem sou eu pra duvidar de quem viveu na época das grandes melodias e das grandes causas?
Pois bem, eu não passo dum mero espectador daquilo em que se tornaram os arraiais de surrafada: uma luta desenfreada por motivos maioritariamente parvos, em que:

A) Quem conhece mais "malta da pesada", "ganha";
B) A "malta da pesada" não sabe bem por que lá tá;
C) Perde-se a noção de quem "ganha" ou "perde";
D) Os principais lesados acabam por ser esquecidos;
E) Um telemóvel cheio de contactos "pesados" vale mais que um murro na tromba bem dado.

E de maneiras que isto assim não dá.

Nota: Não é meu apanágio encher os posts de itálicos, mas como este texto tem muita informado recolhida sob depoimento, achei melhor aplicar os termos técnicos tal e qual como os fui recolhendo.

Sublime

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